Harmonia e compreensão ♪
Simpatia e confiança em abundância
Sem mais falsidades ou zombarias ♫
Visões vivas de sonhos dourados
Cristal místico de revelações ♪
E a verdadeira libertação da mente
Aquários! Aquários!
Eu nasci meado dos anos 60 , fui criança nos anos 70 , adolescente nos anos 80 e jovem nos anos 90 em termos comportamentais eu vi as ultimas grandes décadas de modificação , depois da invasão de tecnologia que começou no final dos anos 80 , o mundo só faz recriar em cima do criado , comparo a chegada do celular nos anos 90 com o carro a motor no inicio de 1800.
Principalmente na moda , a criação acabou nos anos 90 , depois passamos a viver de releituras.
A era mais louca de todas foi sem duvida os anos 70 !E de tudo de maluco que ocorreu no mundo nos anos 70, de ruim aqui no Brasil , pra mim nada se compara a contra cultura Hippie.
A loucura coletiva , a proposta de amar sem amarras , ser livre para crer no que desejar , ser livre para ser o que bem quiser ... Me encanta !
Sou muito muito e muito apaixonada pelos anos 70.
Nesse ensaio
contei com a presença da galera abaixo:
O fotografo Elias Costa, atuando como modelo;
A fotografa Ana Gaspar , fotografando comigo,
A antiga amiga de trilha , montanha Marcia Sant'Anna modelando,
A maquiadora Pilar Moraes, atuando como modelo;
A modelo Thais Ramos e o modelo Marcos Matheus modelando , claro ... rs rs além de mim , Si Coutinho na fotografia , direção e coordenação do projeto que faz parte dos autorais de época.
O fotografo Elias Costa, atuando como modelo;
A fotografa Ana Gaspar , fotografando comigo,
A antiga amiga de trilha , montanha Marcia Sant'Anna modelando,
A maquiadora Pilar Moraes, atuando como modelo;
A modelo Thais Ramos e o modelo Marcos Matheus modelando , claro ... rs rs além de mim , Si Coutinho na fotografia , direção e coordenação do projeto que faz parte dos autorais de época.
Sempre fui apaixonada pela alma livre de um hippie , pelo descompromisso de cumprir o convencional , embora ser hippie nada tenha a ver com ser vagabundo , todas as sociedades sempre os taxaram assim , não consigo ver o que teria de errado num mundo que a moeda fosse a troca , afinal era assim no inicio. Não consigo ver nada de errado em produzir suas roupas , vestes , calçados sem tanta industrialização , pois também foi assim no inicio. Os hippies não estavam prontos para o mundo e o mundo nao estava aberto pra eles , o sonho sucumbiu as colonias foram desaparecendo e por fim ... acabava o sonho de uma nova era .
Nos anos 80 de +/- 84 a 89 eu era
uma compulsiva desenhista de moda , tinha catálogos e mais catálogos com
desenhos , muitos deles futuristas , afinal eram os anos 80 , mas muitos saudosista
, como toda boa canceriana , tenho os 2 pés fincados no passado , gostava de me
inspirar nas roupas que minha mãe tinha dos anos 70 , os colares de conta de
vidro dela me fascinavam e lembro até hoje o dia que quebrei um de gotas azuis
escuras matizadas de branco , caramba eu apanhei pacas rs rs .
Lembro da repressão , lembro das histórias familiares sobre o tio que tinha envolvimentos com a esquerda , lembro do carro largo banheirão do meu pai , bem coisa de americano.
Lembro das batinhas de decote quadrado e fita de gorgurão decorando que minha mãe fazia, com pregas pra ficar soltinha e da calça boca sino que o planeta todo usava.
Lembro das batinhas de decote quadrado e fita de gorgurão decorando que minha mãe fazia, com pregas pra ficar soltinha e da calça boca sino que o planeta todo usava.
Eu tinha eu tinha 9 anos em 1976 e lembro perfeitamente de programas preto e branco na TV com seletor redondo pra trocar de canal.
Nos anos 70 meu pai tinha voltado dos estados Unidos e tinha trazido coisas incríveis que só na minha casa tinha e na casa de mais ninguém que eu conhecia tinha. Maquina de tirar retrato ( ah como eu lamento ela ter sumido ) maquina de slides , secador de cabelo com touca , enceradeira , bonecas , LPs ...
Eu achava que todo mundo tinha aquelas coisas , mas não era só la em casa e só nos anos 70 rs rs .
Depois eu cresci , perdi meus
pais e embora não fosse mais anos 70 , virei hippie .
Peguei uma sacola cheia de roupas , passei a chave na porta deixei com a vizinhas a d portão e fui embora, eu fui ver o que tinha por ai no mundo.
Comia na casa dos outros , dormia também na casa dos outros , vestia a roupa que me davam ...
Peguei uma sacola cheia de roupas , passei a chave na porta deixei com a vizinhas a d portão e fui embora, eu fui ver o que tinha por ai no mundo.
Comia na casa dos outros , dormia também na casa dos outros , vestia a roupa que me davam ...
Tinha família
e tal , mas o mundo me atraia mais que a família e as lembranças que me faziam
todos os dias recordar a perda que eu não suportava encarar.
Que se dane ! Fui ser hippie.Fui ser livre. Fui viver !
Que se dane ! Fui ser hippie.Fui ser livre. Fui viver !
Por isso fazer um ensaio anos 70 pra mim teve gosto de infância , de chegar da escola ,ver TV Globinho, de brincar com os cachorros no quintal , de esperar papai noel na noite de natal , de correr pela casa procurando ovos na páscoa , anos 70 foi minha década de inocência.
Da minha mãe comemorando gol do Rivelino , do meu pai ouvindo LP do Henrri Mancini , minha mãe cantarolando Originais do Samba e eu gostava da Rita Lee , do Beto Guedes e era apaixonada pelas Frenéticas !!!!!
Ah os anos 70 !!!!
Da minha mãe comemorando gol do Rivelino , do meu pai ouvindo LP do Henrri Mancini , minha mãe cantarolando Originais do Samba e eu gostava da Rita Lee , do Beto Guedes e era apaixonada pelas Frenéticas !!!!!
Ah os anos 70 !!!!
Fazer esse ensaio era um antigo sonho , tinha tudo na cabeça : Onde faria , quantas pessoas queria , quais as cenas. E até que não foi difícil conseguir os modelos .
Como disse o marido de uma das modelos ao ser convidado para o ensaio : Uso aparelho nos dentes, hippie não tinha dinheiro para comer ia ter pra aparelho ? rs rs rs
Partindo desse principio , abrimos mão das maquiadoras , ou melhor , eu abri mão , as modelos queriam me matar kkkkkk , elas querendo divar no ensaio e eu querendo elas sujas descabeladas de roupas simples kkkkk.
Busquei a maioria das referencia
de minha própria memória, o restante foi de pesquisas em google , em, revistas
, vídeos antigos , filmes e qualquer coisa que
falasse dos hippies. Gosto de
fazer recriações de época fugindo de caracterização caricata.
Ainda mais quando
o tema é tão rico de mal entendidos e preconceitos, cair no estereótipo é bem fácil.
Foi complicada a produção , muita gente ia na referencia 70' mas esquecia que o ensaio era focado na pouca grana e simplicidade dos hippies ,
algumas pessoas se atrapalharam com o prazo de produção que foi de 2 meses e acabaram não conseguindo montar a produção. e falando em produção.
Todo mundo se envolveu , fabriquei a maioria das bijus artesanais que eles usam , a Ana levou almofadas que ela confecciona, violão , levamos frutas , flores , muitos e muitos assessórios de cena , sempre pesquisando para ter certeza de que eram de 1975.
Pra fugis das influencias de 60 do inicio e as que já chegavam de 80 no final , me situei no meio da década , no período de 1974 a 1977 , assim a gente ia se fixar nas vestes que eu queria , mas o mais difícil foi realmente fazer a turma despir-se da vaidade e vestir a simplicidade , a pouca vaidade , o displicente to nem ai dos hippies. Entre tapas e beijos , conseguimos !!!
Pra falar de hippies temos que primeiro compreender o que eles eram o que desejavam , como viviam . Disso , depende o resultado da produção , do comportamento em cena na hora de fotografar , nas locações escolhidas para o ensaio , tudo vem de primeiro entender os hippies , depois se comportar como hippie e por fim se sentir o hippie.
Esses trabalhos de pesquisas devem ser feitos sempre que o ensaio tiver que ser fiel a uma era , pessoa , situação. Me guiei além da memoria pessoal , em videos dos Novos baianos , em videos de show e entrevistas de Jannis Jopplin , Rita Lee , Baby Consuelo , Ney Matogrosso . Pois precisava não me deixar cair nos anos 70 psicodélicos das botas de salto grosso e vestidos de 1 palmo , não podia cair nos anos 70 dos Rocks pesados ...
Tinha que captar o paz e amor do hippie , dos mantras , da cultura alternativa , das tendencias orientais , indianas . Por isso fui pesquisar muito mais artistas nacionais do que os estrangeiros , pois o movimento só chegou no Brasil em meados dos anos 70 quando nasceu nos EUA uma década antes.
Me guiei muito em artistas da MPB , observando como falavam ,dançavam.
No mais foi se manter em peças artesanais , de influencia indiana e indígena .
O resultado foi mágico , pessoas paravam achando que era uma tribo real de hippies , depois achavam que era gravação de novela. Estavam perfeitos , o dia estava perfeito , o lugar era perfeito , sem falar em toda equipe totalmente curtindo o trabalho na maior paz.
E assim foi nosso longo trabalho de pesquisa , produção e execução do Ensaio Hippies . Todos adoraram fazer parte e eu adorei todos que fizeram e ate os que participaram da produção por 2 meses mas no dia não puderam ir.
Abaixo um apanhado de cada modelo e seus momentos solos.
Pilar Moraes
Marcos Matheus
Thais Ramos
Elias Costa
Márcia Sant'Anna
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar ♫
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar .. ♪
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho ♫
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer ♪
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender ♫
Muitos se perderam no caminho ♫
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer ♪
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender ♫
E eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei ♪
Que qualquer canto é menor do que a vida
De qualquer pessoa♫
A rosa hereditária ♪
A rosa radioativa
Estúpida e inválida ♪
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada♫
Mas louco é quem me diz e não é feliz ... eu sou feliz ♫
Si Coutinho
Fotógrafa
Cel Whastapp 21 992140827